domingo, 2 de maio de 2010

Conforme solicitado segue o link para o acesso das entrevistas com estudantes da UFABC:
http://docs.google.com/Doc?docid=0AZpEr5GNg8vuZGhjam1ibjZfMGZwZzc2N3Fw&hl=en

terça-feira, 27 de abril de 2010

Projeto Enchentes

Foram abordados alguns itens durante esse quadrimestre, no qual nos introduzimos ao tema, pesquisamos detalhes sociais e estruturais:

Causas e possíveis soluções para as enchentes

Usando palavras-chaves como: Crescimento desordenado; Ilhas de calor; Impermeabilização do solo; Efeito-estufa; Ocupação em zonas de risco; aumento da frota automotiva. Tais palavras-chaves foram propostas em um dos posts disponíveis no blog.
Agora vamos analisar cada um dessas “causas”:

1.Crescimento desordenado

Tanto o crescimento populacional quanto os das cidades, com a falta de planejamento nos traz grandes problemas, muitos dos quais direta ou indiretamente acabam por contribuir para as enchentes. Por exemplo, conforme as cidades crescem desordenadamente, mais moradias devem ser criadas em locais que nem sempre são adequados a isso, avenidas, estradas, ruas são construidas e a terra perde lugar para o cimento e asfalto. Os rios acabam sendo estreitados por isso, fazendo assim com que não tenha para a onde a água fluir naturalmente.
O sistema de esgoto e encanamentos nem sempre são eficazes ou bem feitos, o que acarreta sérios problemas ao escoamento da água e à saude da população.

2.Ilhas de calor

Com as milhares e milhares de edificações, asfalto, cimento unidos o calor tem um TRABALHÃO para ser dissipado. Essa turma não é facil não, retém a maior parte da radiação solar, o calor que as industrias, automóveis e até nós mesmo liberamos, formando assim as famosas ilhas de calor.
Pois bem, ilha de calor, aumento da temperatura, mais calor pra aquecer a água, mais água sendo evaporada, mais nuvens carregadas de inúmeras gotículas de água cobrindo o céu... ' Ixiiii ai vem chuva !' , ' O tempo fechou !', ' São Pedro deve está nervoso! '. Pois é, ai está um dos motivos para o aumento das chuvas, que combinado com outros fatores causa enchentes cada vez mais frequentes e intensas.

3.Impermeabilização do solo

A cobertura do solo atualmente é um fator de grande preocupação na área das enchentes. Tanto o asfalto como os blocos de cimento apesar de serem resistentes, mais aderentes aos pneus, não são muito permeáveis e conforme ficam encharcados perdem a resistência, isso além de dificultar e muito o escoamento da água forma enormes buracos, prejudicando o trânsito e os automóveis.
Atualmente há muita pesquisa em cima disso, uma cobertura para o solo que fosse bastante permeável e resistente ajudaria e muito para a diminuição ou amenização dessas enchentes.

4.Efeito Estufa

Assim como as ilhas de calor, o efeito etufa causa o aumento de temperatura e um consequente aumento na evaporação da água, causando mais chuvas.
O efeito estufa está intimamente relacionado ao gás carbonico (CO2) na atmosfera que retem o calor, assim como outros gases, chamados gases-estufa. Esse gás carbonico é aquele gás que sai dos escapamentos dos carros por causa da combustão dos combustíveis, das chaminés das industrias entre outros.
A emissão desse gás não é o principal problema, afinal nós mesmo no processo de respiração emitidos, porém a emissão excessiva gás, que durante muitos anos, principalmente após a Segunda Revolução Industrial, foi feita de forma descuidada e sem preocupação nenhuma com as consequências. Hoje existem leis que obrigam os países a reduzirem a emissão de CO2. Como por exemplo o protocolo de Kyoto. Mas nem sempre são respeitados essas leis.
Veja mais sobre o protocolo de Kyoto no site : http://www.brasilescola.com/geografia/protocolo-kyoto.htm

5.Ocupação em zonas de risco

Como discutido no primeiro tópico, essas ocupações geram muitas vezes a impermeabilização do solo, bem como a falta de planejamento de encanamentos etc... Além de não haver coleta de lixo em muitas dessas regiões, sendo esse lixo jogado, por parte da população, em lugares inapropriados, entupindo bueiros e tubulações.

6. Aumento da frota de automotiva

Como já fora visto, os automóveis emitem grande parte do CO2 agravando cada vez mais o problema do Efeito Estufa, principalmente nas grandes cidades.

7.Solução para o acumulo de água em São Paulo

A capital de São Paulo, por exemplo, tem uma lei que visa aumentar a permeabilidade do solo, reservar água nos prédios, diminuir o risco de enchentes e reservar água para fins não potáveis nos empreendimentos. Essa lei obriga a construção de um reservatório para águas pluviais nas novas edificações. No mínimo, descongestionará os dutos da cidade. Isso já é usado na Alemanha, que instala cerca de 100 mil reservatórios por ano.
Fica cada vez mais difícil achar a solução para esse problema, como pudemos observar uma coisa leva a outra e há também o fator político, que considera muitas das soluções propostas uma ameaça ao desenvolvimento econômico do país.

Regiões mais afetadas

As regiões mais afetadas pelas enchentes, são aquelas que sofreram modificações pela urbanização.
Essas modificações mudam os cursos dos rios e impermeabilizam o solo.
As grandes cidades são muito afetadas por esse problema, em áreas próximas a rios, córregos, antigos pantanos, represas.

Santo André é cortada pelo rio Tamanduateí que antigamente era cercado por um solo pantanoso, que hoje em dia é margeado por uma movimentada avenida (av. Dos Estados) , muitas industrias, residencias, e pela nossa universidade. Em época de chuvas, a avenida dos Estados sofre muito com as enchentes e tudo aquilo que está a sua volta também.
Confiram as imagens a seguir:




Figura 1: Avenida Dos Estados fica completamente alagada.




Figura 2: Rua Santa Adélia, ao lado da UFABC.




Figura 3: Dentro da UFABC.


Figura 4: Sala 3 da Santa Adélia.

Essas fotos foram tiradas por alunos da universidade que sofreram muito com essa situação.

O que fazer em caso de enchentes

- Evite contato com a lama e água da enchente, elas podem causar diversas doenças.
- Desligue a chave de eletricidade, o registro de água e gás.
- Tire alimentos e produtos de limpeza de lugares onde a água pode chegar.
- Procure um lugar mais alto para ficar em segurança.
- Só beba água filtrada e fervida.
- Tire os objetos de valor do alcance da água.
- Coloque seus documentos em um saco plástico fechado e em local protegido.
- Retire os lixo das áreas que podem sofrer enchentes.
- Não consuma alimentos que tiveram contato com a água ou lama.
- Não use equipamentos elétricos que foram molhados, pois existe o risco de choque elétrico e curto-circuito.
- Se possível, ligue seu rádio e informe-se sobre as chuvas.
- Fique atento: árvores, postes, muros inclinados, trincas no chão, nas paredes e muros com “barriga” podem ser sinais de futuros acidentes. Entre em contato com a subprefeitura ou o Corpo de Bombeiros.
- Depois da enchente, lave imediatamente as áreas atingidas utilizando 1 litro de água sanitária, para cada 20 litros de água, sempre com luvas e botas para evitar o contato com a água e a lama.
- Não atravesse áreas inundadas.
- Ligue o rádio para descobrir caminhos alternativos.
- Evite que a água chegue ao motor.
- Diminua a velocidade e aumente a distância em relação ao carro da frente.
- Em caso de emergência, atravesse áreas alagadas em baixa velocidade, mantendo o motor acelerado.
- Se possível, pare o carro em um local mais alto.
- Se o nível de água continuar a subir, todos devem sair do carro e procurar um lugar seguro para esperar a chuva passar.
- Não atravesse áreas alagadas atrás de outro veículo. Se ele parar você não poderá passar.
- Para secar o freio, utilize-o algumas vezes. Freios molhados podem falhar.
- Dirija com cuidado, pois as vias molhadas ficam escorregadias.
- Fique atento: a água impede que você veja buracos e bueiros sem tampa.
- Para se prevenir: conheça os pontos mais altos que ficam próximos do caminho que você normalmente faz.
- Se você estiver num local seguro, não saia e aguarde a ajuda dos bombeiros.
- Fique atento: a água impede que você veja buracos e bueiros sem tampa.
- Não vá para áreas de risco, isso dificulta o possível resgate.
- Em casos de chuva com ventos fortes, fique atento: há risco de queda de árvores, fios, postes e semáforos.
- Cuidado especial com as crianças. Os adultos devem acompanhá-las e segurá-las pelos pulsos durante todo o período de enchentes.
- Se precisar atravessar ruas alagadas, tome cuidado, procure muros e paredes para usar de apoio. Uma corda segurada por 3 pessoas ou mais também serve.
- Cuidado com a correnteza das águas: além do risco de ser arrastado, objetos grandes que estão sendo levados podem bater em você.

O que nós podemos fazer para evita-las

Com todos os investimento da Prefeitura e a ajuda da comunidade, a nossa cidade vai ficar cada vez mais limpa. Confira as dicas a seguir.

- Nunca jogue lixo e entulho nas ruas, rios e córregos e terrenos baldios da cidade.
- Mantenha valas, condutores e caneletas limpas para garantir a passagem das águas da chuva.
- Em dias de chuva, não coloque sacos de lixo ou entulho na rua. Isso evita que eles sejam levados pela água e acabem entupindo os bueiros, galerias e córregos da cidade.
- Fique atento às condições de segurança da sua casa, verifique trincas e rachaduras. Se estiver em dúvidas e precisar da ajuda de um especialista, entre em contato com o Corpo de Bombeiros, ou a subprefeitura da sua região.
- Não coloque a sua casa em risco. Evite construir em cima e embaixo de barrancos que possam deslizar. Procure a subprefeitura do seu bairro para receber orientação.
- Não corte barrancos: as construções feitas nas encostas dos morros precisam de diversos cuidados técnicos. Procure a subprefeitura do seu bairro para receber orientação.
- Atenção para os vazamentos: canos de água com vazamentos lixo acumulado nas canaletas também provoca deslizamentos.
- Não pratique o desmatamento: sem vegetação aumentam as chances de desmoronamento dos morros.

Instituições que ajudam as vítimas de enchentes

Cruz Vermelha:
Desde a sua fundação em 1912, a Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Estado de São Paulo (CVB-FESP) atua em benefício das pessoas acometidas por desastres e na capacitação em primeiros socorros. Como parte de um movimento mundial, que oferece assistência humanitária, ao longo dos anos a entidade tem expandido seus serviços, sempre com o objetivo de prevenir e aliviar sofrimento.
O trabalho é voluntariado e qualquer um pode oferecer a sua ajuda, com doações ou colocando a mão na massa.
Para mais informações acesse: http://www.cvbsp.org.br/index.htm

Defesa Civil:
A Defesa Civil Estadual desenvolve planos preventivos e de contingência no período denominado Verão cuja característica na região sudeste são de chuvas intensas. O plano acontece de 01 de dezembro a 31 de março. Pode ser prorrogado, quando necessário. Integram os Planos Preventivos e de Contingência de Defesa Civil, um total de 114 municípios, que apresentam áreas mais suscetíveis a ocorrências de desastres em decorrência das chuvas.
Existem em locais de possíveis deslizamentos em encostas os Planos Preventivos de Defesa Civil - PPDC. Envolve intenso trabalho de articulação de recursos técnicos e humanos, com preparo, estruturação e treinamento das equipes municipais e da comunidade, monitoramento meteorológico e pluviométrico, emissão de boletins Meteorológicos e de Alertas que são repassados para as Prefeituras, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Regionais de Defesa Civil e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil.
Também são realizadas remoções preventivas (parcial ou total) da comunidade em risco, sempre que necessário, com equipe composta por geólogos, engenheiros, assistentes sociais e outros profissionais que atuam antes, durante e após os desastres.
Hoje a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - CEDEC possui Planos Preventivos nas seguintes regiões: no Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de São Paulo, no Vale do Paraíba, na Região Metropolitana de Campinas, na Região de Sorocaba, no Litoral Norte e na Serra do Mar (Baixada Santista).
Para mais informações acesse: http://www.defesacivil.sp.gov.br/novo/index2.asp

Projeto

Temos como objetivo do projeto conscientizar a comunidade da UFABC, que sofre com as enchentes do Rio Tamanduateí, como agir caso essa ocorra, e como preveni-la.
A importância de tal ação foi comprovada ao realizarmos uma entrevista com tal pergunta:
"Você já enfrentou alguma enchente na faculdade? Isso atrapalhou a sua rotina? Como? Você sabe como agir em caso de uma enchente?". A maioria dos entrevistados respondeu positivamente as duas primeiras perguntas, porém, para nossa surpresa, a grande maioria não sabe quais são os procedimentos a serem tomados em casa de uma enchente.
Veja algum dos depoimentos:
“Já enfrentei sim. Atrapalhou, pois eu passei o dia todo, até as 22h, numa estação de trem. Não consegui chegar na faculdade, nem voltar pra casa. Como agir corretamente, não, mas acho que se deve ficar saindo no meio da rua. Procurar algum local seguro.” Pedro Henrique Cheganças de Sousa - 11056909
“Já enfrentei. Sim. Minhas aulas foram suspensas. Infelizmente não sei como agir.” Patricia Maissa Ferragoni da Cruz – 11065409
“Sim, eu já enfrentei uma enchente na faculdade. Isso atrapalhou e muito a minha rotina, pois eu não pude ir para a minha aula na faculdade, e tive dificuldade para voltar para minha casa, devido a problemas com o transporte publico. Infelizmente eu não sei agir caso acontece isso novamente, terei as mesmas dificuldades da primeira vez.” Gustavo Penha Albertini - 11175609
Para fazê-lo estamos lançando dois materiais publicitários, um e-mail marteking e um banner. Contendo as informações supracitadas de como agir em caso de enchentes (Figura 5) e como preveni-la (Figura 6).


Figura 5: Como prevenir enchentes.



Figura 6: O que se deve fazer em caso de enchentes.


Agradecimentos


Aos colabores Dave, Débora Gibson, Fabio Dias, Marina Estima, Pati Fernandes e Thiago Costa, pela competência no desenvolvimento das ideias, pesquisas e fundamentos do projeto.
À professora dra. Andréa Paula e seu fiel escudeiro Alexandre Cavac, pela paciência, dedicação e total comprometimento com o que foi proposto.
Aos colegas que nos ajudaram muito com opiniões, relatos, depoimentos e respeito pelo nosso projeto.

Obrigado.

Atenciosamente,
Grupo das Enchentes!

Análise dos blogs

domingo, 18 de abril de 2010

Idéias para apresentação final

Durante essa última semana discutimos alguns pontos para a apresentação do trabalho final.
Decidimos por criar um flayer para conscientização ambiental e social, visando, principalmente, as pessoas da nossa faculdade, que sofre bastante com as enchentes, mas ao mesmo tempo não colabora para que estas não ocorram, como por exemplo jogando lixo no chão (parem para observar a quantidade de "bitucas" de cigarro e pedaços de papéis). E um vídeo institucional no formato de slide show com o mesmo fim do flayer, porém visando um público mais amplo.
Estamos abertos à sugestões =)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Apresentação

Bom a apresentação do nosso grupo já foi a quase uma semana mas aqui vai um pequena defesa (já que não foi possível em aula hahaha) sobre as ' criticas ' feita pela professora a apresentação.

1. ONUS do primeiro grupo.
OBRIGADA PROFESSORA ! sim existe e foi verificado, não sabíamos direito como as coisas iam rolar, o que os outros grupos iam falar, se era sobre as pesquisas, se era sobre o projeto, se iam falar diretamente dobre os itens sugeridos e ai vai....

2. Falamos basicamente como foi feito o trabalho e sobre as fontes, talvez deveríamos ter falado um pouco mais sobre isso, mas não queríamos deixar a apresentação pessoal e tediosa.

3. Citamos SIM os conceito aprendidos em sala como identidade, comunidade, subjetividade e cultura, quando destacamos o post 'altruísmo urgente'. Talvez não de maneira direta como os outros grupos fizeram, mas não deixou se ser mencionado.

4. Obrigado ao grupo do trânsito por todas as sugestões. Iremos sim deixar o blog com a ' nossa cara'.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Transformações de uma cidade 'seca' – Ferramentas políticas e urbanísticas para amenizar os impactos negativos dos alagamentos.

Já sabemos que existem centenas de ferramentas que visam a evitar as enchentes na cidade. Mas mesmo na natureza, anomalias climáticas existem e é necessário criar ferramentas que amenizem seus impactos, de forma que a cidade consiga conviver com maior facilidade com um imprevisto climático.
Para que haja um estresse menor quando a cidade estiver em um estado alterado de seu equilíbrio, a sua estrutura deve ser projetada para se alterar o mínimo possível durante as enchentes, para isto existem alternativas como:

Mudanças no plano diretor da cidade, de forma a promover a desocupação de áreas passíveis de danos e minimizar os riscos.
Sistemas de alarme sonoros e visuais orientando a população sobre as atitudes a serem tomadas. Ninguém deve ser pego de surpresa pela enchente ou pela chuva.
Orientação prévia da população sobre o que fazer em casos de temporais e enchentes. Assim como nos países que sofrem com vulcões, furacões e terremotos, ou até mesmo ameaças de bombardeios, a população precisa saber exatamente como proceder em casos extremos, para que o próprio cidadão possa prevenir os danos a si mesmo. Minimizando o trabalho do Estado às reais fatalidades.
Alteração do sistema de distribuição de energia elétrica para rede subterrânea. Apesar de mais caro, este sistema é, quando bem executado, feito para funcionar submerso, sem grandes alterações no seu funcionamento. Desta forma, a infraestrutura básica não sofre com os grandes temporais. No sistema atual, um poste caído (coisa comum de se ver na época das chuvas) é suficiente para deixar uma região inteira sem energia.
Instalação e manutenção de lixeiras públicas de qualidade. Mesmo os poucos cidadão conscientizados quanto ao despejo do lixo sofrem com a falta de lixeiras na cidade. É comum inclusive ver trechos de várias quadras sem uma lixeira sequer. Outro grande problema nesse quesito é o fato de a depredação das lixeiras e a falta de manutenção fazer com que todo o lixo contido seja despejado na rua ao primeiro sinal de temporal.
Melhorias no sistema de coleta seletiva e melhor destinação do lixo coletado, de forma a manter o lixo fora das ruas e evitar seu acúmulo, impedindo o entupimento de bueiros e a conseqüente elevação do nível do escoamento superficial.
Maior fiscalização quanto à desobediência das leis que previnem enchentes e aplicação de multas que desestimulem essas práticas criminosas.
Criação de obras de grande porte (como a Nova Marginal e o Rodoanel) que retirem o grande fluxo rodoviário da beira dos corpos d'água, de forma que estes possam ser recuperados.
Desassoreamento das calhas dos rios e quando possível, obras de manutenção das suas características originais, minimizando os fenômenos provocados pelo homem.
Desocupação das margens dos corpos d'água e criação de parques lineares ao longo do cursos dos rios, tanto para evitar o assoreamento e devolver a permeabilidade ao solo, como também para aproximar o cidadão da paisagem natural de sua cidade, estreitando o laço e prevenindo assim a devastação.
Programas de políticas habitacionais que retirem a população de zonas de risco e contenham a expansão horizontal dos territórios urbanos, ao mesmo tempo em que, através de ferramentas políticas, promovam a reocupação de espaços vazios na cidade.
Investimentos na estrutura de transportes públicos, que tornem mais atraente a idéia de deixar o carro em casa e ir para o trabalho num transporte coletivo, eliminando congestionamentos e reduzindo os danos por causa de ruas alagadas.

Soluções Tecnológicas e Arquitetônicas para melhor gestão de águas e chuvas na Cidade

Como as construções e a cidade podem intervir positivamente na manutenção desse processo?

Como citado nos posts anteriores, a forma como a cidade é pensada causa uma interferência direta e agressiva nos sistemas naturais locais onde ela está inserida, o que é ao mesmo tempo a causa e a conseqüência do problema das enchentes que nos assolam. Mas o que pode mudar nas construções e nas cidades para que essa interferência seja menor?
A princípio, como diretriz do novo modo de pensar, temos que ter em mente o processo natural que ocorria antes da inserção da construção, e fazer com que ele seja o mais aproximado possível após a interferência.
Drenagem das águas pluviais: Num ambiente natural, a água seria quase que totalmente absorvida, sendo o excedente diretamente escoado (numa fração mínima) em direção aos corpos d'água. Diferentemente da água que cai em um telhado, que percorre um caminho todo impermeabilizado e literalmente “corre” em vez de percolar (por um meio poroso) em direção aos coletores pluviais, saturando o sistema em questão de minutos. Para evitar que esse problema ocorra, precisamos reter a água e diminuir sua velocidade de escoamento. Cada lote construído é um pedaço de solo permeável que virou uma piscina sem bordas. A melhor maneira de se retornar ao estágio inicial é fornecendo de volta a permeabilidade e porosidade do solo. E o método mais propício para isso é erguer o terreno natural para cima da construção. Isto mesmo, levar o solo vegetado para o topo da construção. Ou seja, o fim das telhas, e o início da era dos jardins suspensos. O telhado verde absorve a água da chuva e a libera aos poucos de volta ao sistema. Isso espalha o escoamento de poucas horas para vários dias e resolve grande parte do problema.
Pavimentação permeável: Excluindo as áreas construídas que possuem telhados a serem vegetados, ainda teremos uma extensa área coberta por pavimentações impermeáveis, que não só irradiam calor como impossibilitam a absorção da chuva, contribuindo duplamente para o problema. A solução é amenizar o problema utilizando materiais (que já existem no mercado de forma acessível) que sejam mais porosos e permeáveis, favorecendo a absorção da água em vez de escoá-la. Além disso, a porosidade (preenchida com ar ou água) aumenta o calor específico do material causando menor irradiação de calor, tal como faz o colchão de ar do telhado verde, embora este o faça de forma mais eficiente. Estes materiais são simples como uma forma diferente de se fazer o concreto ou certos tipos de pisos intertravados.
Reuso de água: Já que vamos manter grande parte da água em nossas casas por alguns dias, porque não usá-la no nosso dia a dia? Boa parte dos usos da água numa residência ou num processo fabril não necessita de que a água seja potável, na verdade, apenas a água do preparo de alimentos, da ingestão direta e da higiene pessoal (banho, escovação de dentes etc.) precisam de água potável, o resto precisa apenas de água limpa. Pois interessantemente, esses processos que podem ser beneficiados pelo reuso da água representam até 80% do uso da água. E a mesma água pode ser utilizada várias vezes, se receber tratamentos simples e baratos (como filtragem, decantação etc.). Com isso, teremos não só a resolução do problema das águas pluviais como também redução na emissão de esgotos, além de uma enorme economia na conta de água. Bom para os mananciais, bom para o contribuinte, bom para os rios, e bom para a natureza.
Lei da piscininha: Já está em vigor a lei estadual (SP) que obriga as novas construções superiores a 500m² a possuírem sistemas de contenção temporária de água de chuva (mini piscinões) com volume em m³ igual ou maior que 15% da área em m² impermeabilizada no empreendimento. Com isso, metade do caminho que une o telhado ecológico e o reúso de água passa a ser obrigatório.

De onde vêm as enchentes?

É comum ouvir as pessoas dizerem que as enchentes têm aumentado em número e intensidade conforme o tempo passa. Surge então a dúvida sobre as causas desse fato, e se ele realmente é verdadeiro.
Vamos por palavras chave: Crescimento desordenado; Ilhas de calor; Impermeabilização do solo; Efeito-estufa; Ocupação em zonas de risco; aumento da frota automotiva. Na minha opinião, são esses os principais motivos dessa percepção de aumento das enchentes e seus danos. Interligados, todos esses pequenos fatores contribuem para um agravamento da situação.
A cidade é uma ilha de calor, por um motivo bem simples: O que antes era um colchão de ar úmido coberto por copas de árvores Hoje é uma imensa placa preto-piche com cubinhos de concreto e refletores vítreos. Qualquer um que já tenha usado preto no sol entende o que eu digo. A área urbana passa a ser um imenso radiador de calor vindo da incidência solar, o que favorece a elevação de temperaturas a um ritmo surpreendente. Imagine agora que esta calota cresce em área a cada ano, já que, além da população crescer, a degradação e a especulação imobiliária gera espaços vazios (ainda irradiadores) e obriga os novos moradores a expandir a área urbana para encontrar seu teto. Uma cidade mais vasta faz com que o alcance dos seus habitantes precise ser maior: está feita a desgraça, mais e mais carros na rua a cada ano. Mais e mais carbono na atmosfera, mais e mais isolação para mais e mais calor irradiado. Os problemas conectados formam um problema local imenso. Mas o que raios (de chuva?) tem a ver o calor com a chuva? Bom, pensemos na última chuva. Para onde foi toda aquela água? Para o solo é que não foi. Ficou em algum recipiente todo impermeável: um rio, um piscinão, o quintal do morador etc. E nesse calor não tem água que agüente. Em uma tarde tudo vira nuvem e aí já viu. Dá-lhe água na cabeça. E pra onde vai a água? Para o rio impermeabilizado. E quando o rio enche? Vai para a beira. E da beira pra avenida, e lá se vão aqueles carros novos todos de que falamos, e junto com isso, vão as casas de quem não conseguiu comprar a casa no centro – porque ou está aos pedaços ou está caríssima – e acabou ocupando a encosta que caiu, a beira de represa que alagou, a beira de avenida que inundou.
A questão é: a água é sempre a mesma, mas evaporando muito mais rápido, e caindo de forma muito mais concentrada, e em cima de gente cada vez menos preparada, e estragando cada vez mais bens de cada vez mais pessoas, numa cidade cada vez mais intensa. A enchente devastadora é decorrência da própria cidade, e sua proporção se mantém. Cresce a cidade, cresce a enchente, cresce o número de pessoas, cresce o número de vítimas.
Há alguns agravantes. Pense em geometria. Qual é a menor distância entre os pontos A e B? Um segmento de reta certo? Certo. Agora pense num rio que nasce sempre na mesma cidade A e vai se torcendo até acabar no mesmo rio B. Retifique esse rio. O que temos? Um comprimento bem menor e um volume fracionado. O rio retificado contém bem menos água e aumenta a velocidade do pouco que contém. Favorece o transbordamento e a enxurrada devastadora. Daí as constantes obras de aumento de volume dos corpos d'água. Piscinões, aumentos nas dimensões da calha etc.
Mas... Com que objetivo se retifica um rio? São dois os motivos: construção de avenidas marginais (o terreno é plano e o rio corta a cidade, pronto, meio caminho andado) e aproveitamento dos espaços entre as curvas dos rios, que antes não podiam ser explorados por encharcarem. Ok, tudo certo, nada resolvido. Como dizia meu tio-avô: Rima, mas não resolve. O carro anda mais rápido e menos na rodovia urbana, QUANDO ANDA. A região de charco permanece. Mas agora ela não é mais um pântano. É um condomínio de luxo, uma fábrica, uma avenida lotada. E quem sofre? O motorista, o empresário e o morador. Eis que o leitor pensaria: “e por que não se faz nada a respeito?” pasme você. Faz. O código florestal brasileiro (Lei n.° 4.777/65) prevê em seu segundo artigo a manutenção de NO MÍNIMO 30m de mata ciliar intocada na adjacência de qualquer corpo d'água, variando até 100m. E o próprio Estado que faz a lei, desobedece, construindo marginais e permitindo a ocupação destas margens. Ou seja: errados não são as chuvas, os rios, as cheias, erradas são as cidades. Triste, mas verdadeiro.

A Enchente e a Cidade – dois mundos colidindo - Porque sofremos com as enchentes?

A enchente é o avanço dos corpos d'água e a elevação excessiva do nível do escoamento pluvial superficial, um grave problema num ambiente urbano, onde, quase que por via de regra, não existe a preocupação com a sustentabilidade, desde a criação dessas cidades até a sua constante e desordenada expansão. A enchente favorece a proliferação de doenças, espalha lixo pela cidade, promove o assoreamento de corpos d'água e a erosão de relevos, inutiliza construções, destrói o mobiliário urbano, veículos automotores etc. Mas, de onde surge este fenômeno tão anti natural?
Bom, para começar, ele não é tão anti natural assim. Pense por exemplo nas primeiras aulas de história, onde as crianças aprendem a importância que o Nilo teve pra titânica sociedade Egípcia antiga. Como esse povo conseguiu sobreviver em meio ao deserto? Devido aos ciclos de cheia e seca do Rio Nilo. Que variava o seu leito e deixava em suas margens uma camada fértil de húmus (matéria orgânica) que favorecia a agricultura e alimentava a população por todo o ano. E fica a pergunta: Porque os egípcios se favoreciam das enchentes, e nós, brasileiros sofremos tanto? Parte dessa diferença, vem no modo como as cidades brasileiras e os povoados egípcios - ou quaisquer outros, como os da mesopotâmia antiga – lidam ou lidavam com esse fenômeno.
A cidade moderna, normalmente não planejada, é construída de forma a isolar o homem do ambiente. O que era antes um abrigo da intempérie tornou-se hoje uma bolha onde o mundo natural, selvagem e indomado, fica de fora, e se possível, coberto. Diferentemente dos povos que vivam do regime dos rios, o Brasileiro enxerga a natureza como algo a ser “domesticado” para que haja o progresso. O homem do primeiro mundo não pode ir para o trabalho pisando na terra. Com isso, a cidade isola a natureza em vez de absorvê-la, e faz faltar uma certa sinergia, para que as coisas convivam em vez de competir. O resultado catastrófico disso é que, por mais avançada que a tecnologia do homem esteja, ela nem sempre consegue conter a força da natureza, e quando esse choque ocorre, quem não está preparado sai por baixo (d'água).
Do ponto de vista da água, a cidade é uma placa impermeável no meio do continente repleta de bolhas impermeáveis e alguns sulcos canalizados. A tendência óbvia é que toda a água que banhe o solo corra para esses sulcos rapidamente saturando-os. Numa situação natural de floresta, a chuva já é menos intensa à medida que grande parte da água fica contida num colchão úmido de ar abaixo das copas das árvores, e não chega a formar grandes nuvens de chuva em grandes altitudes. Mesmo assim, eventualmente vem a chuva. Parte dela é atrasada por um sinuoso caminho de pingadeiras, de folha em folha até o solo, que absorve e contém uma enorme parcela da pluviosidade. O que não é retido é drenado pela superfície, carregando alguns materiais para os corpos sinuosos de água, que encharcam as adjacências e nutrem um micro ecossistema adaptado à variação – ecossistema esse que segura o solo marginal e impede o assoreamento do corpo d'água -. A floresta se adapta à chuva, à enchente, funciona em conjunto. E por isso não sofre, se enriquece. A cidade não tem tanta sorte, visto que se isola.
A solução para o sofrimento com as enchentes é simples: Não combater as enchentes, mas aprender a conviver com elas. Fazer com que elas sejam parte integrante do dia a dia, sem causar danos à população, ou às suas posses. E o jeito de fazer com que isso aconteça é reinventando a cidade, e reinventando a idéia de natureza e de cidade na cabeça de cada um. Para isso é necessário o avanço técnico, a vontade política e a conscientização da população. A mudança precisa ser natural e não forçada. As pessoas precisam QUERER que as coisas mudem, e para isso precisam entender o problema.

Chuvas

Hoje desde cedo todos os jornais, na TV e na Internet, relatam a catástrofe ocorrida no Rio de Janeiro, como foi possível observar no post anterior, já são dezenas de mortos, além das diversas famílias desabrigadas, o caos no transito e muito mais. Já houveram diversos desabamentos de encostas, que foram a principal causa das mortes.

Sempre que ocorre fortes chuvas, seja em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em qualquer lugar do Brasil, a culpa na maioria das vezes é jogada pro governo, por não ter preparado a cidade para enfrentar uma chuva forte, porém a população esquece que uma parte da culpa também é sua, ao jogar lixo nas ruas, o que muito comum de ser visto em São Paulo, pessoas jogando moveis em qualquer lugar, em corregos por exemplo.

Dizendo isso eu não tiro a culpa do governo, que claro tem que tirar as pessoas de locais de risco, limpar bueiros e corregos, fazer piscinões, solos permeáveis e etc . Eu digo no sentido de a população ao invés de apenas reclamar, mudar a sua atitude também.

Outro fator também "culpado", é o grande volume de chuvas em períodos curtos, nesse inicio de ano, o volume das chuvas foi muito maior do que o comum nessa época do ano, ou chovia muito em um período pequeno, ou chovia por muito tempo seguido, esse grande volume de chuva que causou vários deslizamentos, um que eu me recordo claramente, foi o ocorrido logo no primeiro dia do ano, em Angra dos Reis, onde também morreram varias pessoas.

Tragédias desse tipo vem acontecendo com maior frequência. Portanto além de novas atitudes do governo, como as citadas acima, e a conscientização das pessoas , que provavelmente melhorariam muito a situação, mas dificilmente extingui-la pois ainda haveria a questão das chuvas que não tem como serem controladas.


Para mais informmações sobre as chuvas no Rio:
http://colunas.g1.com.br/aovivo/category/rio-de-janeiro/chuva/

Rio de Janeiro em alerta !

Já são 50 vitimas, universidades e escolas com aulas supensas, lugares onde não se é possivel chega... o Rio esta de ponta cabeça !
Segundo o Inmet, por causa de “uma frente fria no litoral da Região Sudeste, associada a áreas de instabilidade, persistem as condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de pancadas de chuva, moderadas a ocasionalmente fortes, ventos de rajada em áreas isoladas de todo Estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Para estes estados são previstos acumulados significativos de chuva”.

Milhares de pessoas passaram por momentos que mais pareciam um pesadele

Uma delas foi a estudante de biologia Lílian Heeren Raschle, de 24 anos, está tentando voltar pra casa desde as 19h de segunda-feira (5), quando saía da faculdade, no início da chuva. Ela mora no jardim Botânico, mas teve que dormir na casa do pai, na Gávea. Acordou às 5h para tentar chegar em casa, mas acabou tendo que ir para a casa de uma amiga em Copacabana, onde aguarda a água baixar. “É uma sensação de impotência, porque você não consegue chegar em casa, que é uma coisa tão natural.”

Quem também está a mais de 12 horas para chegar em casa é a atendente de telemarketing Roberta Dias. Ela trabalha no Centro do Rio e mora no Engenho de Dentro. Na noite de segunda-feira, ela dormiu na casa da mãe, em Copacaban. “Tentei ir pra casa à noite, fiquei mais de uma hora no ponto, hoje acordei cedo e estou até agora tentando voltar”, contou.

De férias no Rio há trê sdias, a turista Francesa Christine Favre, ressaltou que o Rio é uma cidade despreparada: “Acho que vai ser um problema as Olimpíadas no Rio”.

http://colunas.g1.com.br/aovivo

domingo, 4 de abril de 2010

O difícil janeiro de 2010 para moradores de Jarim Romano

Fiz um resumo abaixo das principais noticias relacionadas ao caos que foi o mes de janeiro no bairro Jardim Romano, zona leste da capital.
Todas as noticias foram retiradas do site do SPTV.
É um texto grande mas vale a pena dar uma lida e refletir sobre como a dinamica do bairro e de toda a população foi alterada.
Durante todo o mês de dezembro, o bairro sofreu muito com o transbordamento do rio Tietê.


Duzentas e oitenta famílias do bairro já foram transferidas para Itaquaquecetuba.

Uma última olhada na casa antes de ir embora. Robson é o chefe de uma das 280 famílias que estão de mudança para o conjunto habitacional em Itaquaquecetuba. “A melhor coisa é a nossa filha não ficar doente e não correr o risco de perder tudo”, diz Robson Alves, eletricista.

Dona Nilza também está pronta para ir embora. Ela está feliz com a casa própria, mesmo longe dali. “É uma benção que caiu do céu”, diz.

Nem todos os moradores da área demolida no Jardim Romano aceitaram a transferência. Ao todo, 1.395 famílias foram cadastradas pela prefeitura. Destas, 450 optaram pelo aluguel social, que é um auxílio de 300 reais da prefeitura.

“Segundo as pessoas que estão nos cadastrando, eles falam que a prefeitura está dando trinta meses. Inicialmente de seis meses e se em seis meses a prefeitura ainda não tiver um lugar para a gente ir, dá mais seis meses. Assim que completarem os 30 meses, com certeza já terão uma localidade fixa para a gente”, explica Cleyson Conceição, carpinteiro.

Outros, não querem deixar as casas, mesmo alagadas. “Vou ficar até quando eles resolverem a situação da gente”, garante um morador.

No Jardim Romano já não há mais construções na beira do rio, área de invasão e onde deve ser construído o parque linear Várzea do Tietê. As obras devem estar concluídas em 2016.

Já na rua Capachós, a água não vai embora. Para andar na calçada, os moradores construíram uma passarela improvisada com pedaços de madeira. Um caminho perigoso e com limitações. Eles só conseguem chegar até a esquina. De lá em diante, fica intransitável.

A Secretaria da Saúde diz que já visitou quase 14 mil imóveis na região. Mais de 50 mil pessoas foram orientadas para se prevenir das doenças decorrentes dos alagamentos.

As bombas trabalham sem descanso para retirar a água da rua alagada, mas a defesa civil considera um trabalho sem resultado. O rio Tietê fica bem próximo e quando o nível está bem alto, a água retorna. “O rio está no mesmo nível da água daqui. Então nós jogamos a água para lá e ela acaba voltando com mais demora, mais volta. Se houver outra chuva, enche de novo”, explica Major Rodrigues, da Defesa Civil Municipal.

O cenário do bairro é o mesmo, desde o Natal. O carro branco continua boiando na água e os moradores enfrentando a enchente.

Para tentar reduzir os danos e evitar situações como o sofrimento das famílias do Jardim Romano, o governo do estado endureceu as regras para construção na várzea do rio Tietê e promete que a fiscalização vai ser rigorosa.

Hoje está sendo realizada uma blitz em Guarulhos. A operação foi montada para verificar se empresas instaladas perto do rio estão irregulares e se vão ter que se adaptar para cumprir as novas normas.

Os fiscais identificaram que no centro de distribuição da Bauducco, a maior fabricante e panetones do país, uma área da várzea do rio foi aterrada sem autorização.

Há um mês, os moradores de Jardim Romano convivem com os alagamentos. A cada dia de chuva, o resultado é o mesmo: ruas inundadas e pessoas ilhadas. Um conjunto habitacional foi invadido pelas águas.

Nesses 30 dias, foram poucas às vezes em que as ruas ficaram um pouco mais secas.

A prefeitura disse que a solução definitiva é tirar as pessoas do lugar, já que aquela é uma área de várzea do Rio Tietê. O trabalho já começou, mas, enquanto isso não acontece, os moradores vão sofrendo um dia atrás do outro.

Desta vez, a água subiu tanto que até os prédios ficaram alagados. Os moradores de um dos condomínios estão revoltados porque a água entrou nos apartamentos do térreo. O conjunto foi financiado e é pago. Os moradores estão desolados e sem esperança que o problema seja resolvido.

“A gente vem de bota. Estou vendo a hora de pegar uma doença nessas águas. Não estou tendo paciência mais", disse a comerciante Marta Alves De Almeida.

Alguns custam a acreditar que a rua virou um rio de novo. Só as casas mais altas não encheram.

A água suja encheu até os apartamentos do conjunto habitacional da Rua Capaxós. No térreo, os moradores colocaram muretas, mas não foi suficiente para barrar a água. Em um dos apartamentos todos os cômodos foram inundados.

“Não existe esperança. Não vai mudar. A tendência é piorar mesmo. Em vou embora daqui. Não dá mais para ficar aqui", decidiu Valquíria Santiago, promotora de vendas.

Também há um mês, os moradores do Bairro Jardim Fiorelo, em Itaquaquecetuba, estão com as casas cheias de água. Revoltados, eles queimaram móveis e pneus e bloquearam a ponte do rio que liga Itaquá a São Paulo.

O prefeito da capital, Gilberto Kassab, foi mais uma vez ao Jardim Romano. Ele disse que pediu à Caixa que libere os donos dos apartamentos alagados de pagar algumas parcelas do financiamento. “Esse conjunto habitacional construído pela Caixa teve o primeiro andar de todos os prédios alagado. Estamos oferecendo para as famílias auxílio-aluguel. E a Caixa Econômica também está estudando isentar o pagamento de prestações das pessoas que moram no primeiro andar. Essa decisão está sendo tomada, muito possivelmente, a pedido da prefeitura. Portanto, todos estão fazendo o maior esforço possível para estar ao lado das famílias”, falou.

A secretária estadual de Saneamento e Energia também está tentando liberar os moradores atingidos pela inundação de alguns pagamentos.

“O prefeito Kassab solicitou à Secretaria de Saneamento e à Sabesp a isenção de tarifas de água e esgoto para os moradores do Jardim Romano afetados por essas inundações. E nós vamos atender à solicitação do prefeito Kassab”, explicou Dilma Pena, secretária estadual de Saneamento e Energia.

A Sabesp já atendeu o pedido feito pela secretária Dilma Pena. Nos próximos três meses, os moradores das áreas alagadas do Jardim Romano não pagarão a conta de água.

Mas não foi fácil. Em certos momentos, a conversa do prefeito com os moradores ficou tensa junto ao conjunto habitacional do Jardim Romano. O prefeito ouviu muitas queixas. Às vezes, a conversa ficava difícil.

“Então, eu vim aqui para trazer... Deixa eu só falar. Eu vim aqui já. Aqui não choveu muito. Mas na cabeceira do rio choveu 66% a mais. É um dado técnico. É importante vocês terem”, explicou o prefeito Gilberto Kassab.

Depois de responder muitas as perguntas, o prefeito recebeu um convite. “Uma pergunta, uma pergunta:o senhor põe o seu pé na lama? Vamos por o pé na lama? Nós queremos o senhor lá para sentir na pele o que a gente sente. Isso aqui foi aprovado, no meio de um monte de água? As famílias pagam isso aqui e tirando da boca para poder pagar. A Caixa Econômica Federal tinha que estar aqui para dar apoio para essa famílias. Eu quero que o senhor ponha o pé na lama lá”, pedia a moradora.

O prefeito e a equipe, acompanhados pela imprensa, caminharam mais um pouco pelo bairro. Mas, para a decepção da moradora que pedia o pé na lama, ele não seguiu o caminho indicado por ela. Junto com agentes da Defesa Civil e da PM, Gilberto Kassab acabou voltando para o carro e foi embora, debaixo de gritaria.

A Caixa Econômica informou que a construção dos prédios no Jardim Romano foi autorizada pela Secretaria Estadual de Habitação e que no projeto foi levado em conta um estudo do DAEE, Departamento de Águas e Energia Elétrica, que levantou a cota de inundação da região e, segundo a Caixa, não indicou que a construção era inviável.

Depois de sair do Jardim Romano, o prefeito e a secretária estadual Dilma Pena foram vistoriar outro local também alagado. Eles foram à região onde fica o centro de distribuição da Bauducco, no limite de São Paulo e Guarulhos, na Rodovia Ayrton Senna.

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente fez uma vistoria no prédio. Há a suspeita de que esse centro de distribuição, construído na várzea, esteja agravando as enchentes do Rio Tietê na capital.

A empresa recebeu uma advertência e prazo de um mês para resolver os problemas. Mas a Bauducco disse, no dia da vistoria, que não houve qualquer irregularidade na obra.


A desolação parece não ter fim


“Agora estou vendo a casa toda cheia de água, vou perder tudo o que tenho, ontem o rio estourou, foi tudo água abaixo”, fala Marta, moradora.

Em um mês, foram poucos dias de intervalo, com ruas secas.

“Eles lavaram a rua, só que os bueiros eles não limpam aí quando chove acontece a mesma coisa”, diz Cristiano, diz um morador.

Até agora, 367 famílias já deixaram suas casas.

Com muito cuidado, o que não se perdeu na enchente é colocado no carreto de mudança. Depois de passar mais de um mês quase sem sair de casa, a família está deixando o Jardim Romano de vez.

“Nossa, estou muito feliz”, fala uma moradora.

O dinheiro do aluguel-social foi dado pela prefeitura. São R$ 300 mensais durante seis meses. Mais R$ 200 para pagar a mudança.

Ainda tem muita gente vivendo literalmente dentro d´água no Jardim Romano. Em uma das casas, os papéis no chão eram os documentos dos moradores e eles dizem que quando não tem para onde ir, acabam dormindo e até cozinhando no local.

Geise, o marido e os filhos receberam o benefício e preparam a mudança.

Enquanto isso, outros moradores que ainda não receberam auxílio ou são donos dos próprios imóveis continuam convivendo com a inundação, onde já existe até peixe nadando.

Desde o dia 18 de dezembro, 87 famílias cadastradas já receberam o aluguel-social da prefeitura. Elas só recebem o dinheiro depois de definido o local para onde será feita a mudança.

O nível da água ainda não desceu no Jardim Romano, no extremo leste da capital. As 377 famílias já se mudaram.

Quem tem apartamento nos andares térreos de um conjunto habitacional no Jardim Romano vai poder se mudar para outros conjuntos da CDHU. Hoje está sendo feito o cadastramento dos interessados.

Depois de 48 dias de alagamento, parece que a água baixou, mas a quantidade de lama e o mau cheiro continuam.

O nível do rio Tietê, que passa ao lado da rua, está mais baixo. Por isso, a prefeitura conseguiu utilizar ontem à noite uma bomba para retirar a água do bairro e despejar no rio. O alagamento diminuiu e os moradores agora torcem pra não chover forte de novo.

Os moradores do conjunto habitacional que foi invadido pela água vão poder mudar para outros apartamentos da CDHU. Muitos deles ainda pagam o financiamento e estão felizes com a oportunidade de saírem do local.

Faixas de protesto amanheceram penduradas nos prédios e portões dos condomínios. “A população aqui do Jardim Romano está vivendo igual a porcos, rastejando pela lama. É lamentável”, reclama Maria Zaccarelli, operadora de telemarketing.

A região do Jardim Romano está alagada desde o dia oito de dezembro. Cerca de quatrocentas famílias já se mudaram. A prefeitura pretende retirar ao todo seis mil famílias das áreas de várzea e transformar a região em um parque linear.

Até agora, 1.900 famílias já se cadastraram para deixar o local. Ao todo, 87 foram para outros bairros e passaram a receber um auxílio aluguel de R$ 300 reais; 280 famílias também se mudaram para dois conjuntos da CDHU, em Itaquaquecetuba.

A água já baixou na maioria das ruas, mas o trabalho de limpeza ainda vai longe. Os moradores tiram o que podem e a prefeitura usa uma espécie de aspirador para sugar a lama.

Mais de 25 mil pessoas tiveram que sair de casa por causa das enchentes em todo estado. No extremo leste da capital, o drama já dura mais de um mês. A saída é a solidariedade.

Até as coisas mais simples ficam difíceis aqui no Jardim Romano. A solidariedade ajuda a amenizar as dificuldades das famílias que vivem no extremo da zona leste de São Paulo. A repórter Daiana Garbin encontrou alguns exemplos de dedicação ao próximo.

Na casa da dona Maria, um exemplo de solidariedade. Na sala da casa dela existem várias pessoas dormindo, são cinco pessoas com a filha da dona Maria.

“Tem que socorrer as pessoas que estão nas ruas”, diz Maria.

Na parte de cima do sobrado mora o genro dela, o seu Valdemar. Mesmo desempregado ele levou para casa 30 pessoas.

“Fui chamando um. Aí o outro opa: "vamos, vamos..." e fomos. Nós estamos nos virando. Educação que meu pai e minha mãe "me deu: solidariedade”, fala.

Cláudio Roberto Vieira de Freitas está dormindo na varanda na casa de Valdemar, com as três filhas pequenas, a mulher, e mais dez pessoas.

“Ele nos abrigou. Está guardando a gente aqui. A gente só espera uma coisa: que a água baixe para a gente voltar a nossa vida normal. Isso que a gente quer", relata.

Na Vila Itaim, outro bairro da região atingido, algumas pessoas não tiveram a mesma sorte. Elas estão dormindo numa escola.

“Aqui tem mais ou menos de 30 a 40 famílias, num total de 50 pessoas dentro dessa escola nesse exato momento", fala Osvaldo Ribeiro, professor.

“Até as crianças tomam banho na água gelada”, diz Roseli Pereira, catadora.

A Cruz Vermelha organizou uma campanha e já distribuiu oitenta toneladas de donativos. Grande parte deles é encaminhado para a zona leste da cidade. Roberto, dentista foi levar arroz e água hoje.

“Eles merecem muito mais do que a gente sabe. Isso me comove o coração”, conta.

Em Ermelino Matarazzo, o padre Ticão usa a tecnologia para tentar ajudar.

"Dos quase 50 dias, nós estamos na pior situação porque a água está chegando em lugares que não tinha chegado", conta o padre.

O padre tem ajuda de gente como o seu Joaquim Toledo, aposentado, que trouxe uma doação simples.
“Eu trouxe três pacotinhos de pedra de sabão. Coração aliviado. Minha alma parece que limpou”, desabafa.

O que as famílias mais precisam agora é de alimentos e material de limpeza e higiene.

Moradores do conjunto habitacional do Jardim Romano já podem mudar de casa. É o que garante a Caixa Econômica Federal, que financia os apartamentos. Só que isso não deve resolver a situação de quem enfrenta os alagamentos há 50 dias.

As duas entradas do condomínio estão praticamente intransitáveis. O campinho virou um lago de sujeira.

A água invadiu os apartamentos do térreo e do primeiro andar. Para os donos desses imóveis, a Caixa Econômica Federal está oferecendo a transferência para outros conjuntos habitacionais na zona leste e na Grande São Paulo.

“Eles querem nos colocar onde a gente não quer ir. Aqui eu escolhi, agora eu tenho que ir para um lugar onde eu não quero ir, onde eu não sei se é seguro para os meus filhos”, diz Ana Paula Cipriano, cabeleireira.

“São os apartamentos que ela quer. Eu fui ver os apartamentos e eles estão inabitáveis, não têm condições de uso, então vai ter que reformar”, garante Aldinei Rogério, coordenador de atendimento.

Iolanda mora no segundo andar. Ela conta que quando alaga lá embaixo a água jorra dos ralos lá em cima. “Tirando eles ou não, a gente continua pisando na lama. Me sinto abandonada como bicho”, lamenta.


Site da Defesa Civil de São Paulo

Toda vez que se ameaça uma chuva forte em São Paulo ficamos pensando onde alagou? como está o trânsito? se a chuva vai continuar? os pontos de alagamento?
Pensando nisso vou postar aqui um link do site da Defesa Civil de São Paulo onde é possível se encontrar previsão climática detalhada, índice de alertas de chuvas fortes e enchentes, pontos de alagamentos e mais umas coisinhas.
Ainda não tive oportunidade de fazer o teste para ver se o site é atualizado em tempo real e realmente ajuda.
Mas fica a dica!
http://www.defesacivil.sp.gov.br

sexta-feira, 2 de abril de 2010

As enchentes trazem mais que lixo ... elas trazem DOENÇAS !

LEPTOSPIROSE

O que é?

A leptospirose é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria chamada Leptospira. presente na urina de ratos, bois, porcos e cães. Está diretamente ligada às enchentes e é extremamente letal.

Transmissão?

A leptospirose é transmitida ao homem através do contato com a pele. Por isso, em época de chuvas, o número de casos aumenta: a urina de roedores dos bueiros e esgoto se mistura à água da chuva e de córregos nos alagamentos.

Sintomas?

Os primeiros sintomas são semelhantes aos da gripe e da dengue: febre, dor de cabeça e dores pelo corpo (principalmente na panturrilha). Os pacientes também costumam apresentar vômito, diarréia e tosse.

Prevenção?

Evite contato com a água das enchentes.
Use água sanitária que mata a Leptospira e deve ser usada para desinfetar reservatórios de água, locais e objetos que podem ter sido contaminados. Utilize um litro de água sanitária para mil litros de água.
Combata os ratos, armazenando corretamente alimentos e dando o destino correto aos lixos.

DENGUE

O que é?

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus. No Brasil, os dois tipos mais comuns são: dengue clássica e dengue hemorrágica.

Transmissão?

Acontece pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

Sintomas?

A dengue clássica é a forma mais leve da doença e alguns dos sintomas são: cansaço, febre, dores de cabeça, nos olhos e nas articulações, enjôos e vômito.

A dengue hemorrágica começa com os mesmos sintomas, mas eles pioram a partir do terceiro dia, quando começam as hemorragias (sangramentos em vasos ou órgãos) e se não tratada pode levar à morte.

Prevenção?

É preciso combater o mosquito. Saiba como:

  • Coloque areia em pratos de vasos de plantas.
  • Deixe garrafas, outras embalagens recicláveis e brinquedos longe da chuva.
  • Tampe a caixa-d’água e verifique se não há rachaduras nas tampas.
  • Jogue cloro na água da piscina e mantenha coberta.
  • Faça um furo na parte debaixo dos pneus, para não acumular água dentro deles, ou guarde-os em lugar fechado.
  • Lave tanques e baldes toda semana com água e sabão.
  • Evite ter bromélias em casa. Elas acumulam água.
  • Não jogue lixo na rua ou terrenos vazios.
  • Remova sempre as folhas que se acumulam nas calhas.
  • Guarde as garrafas vazias sempre de cabeça para baixo.
  • Quando não estiverem sendo utilizados, mantenha os ralos vedados.
  • Jogue areia nos cacos de vidro dos muros que podem juntar água.

HEPATITE A

O que é?

A hepatite é uma doença aguda causada pelo vírus tipo A.

Transmissão?

Normalmente de pessoa para pessoa. O agente da infecção é encontrado nas fezes do doente e a contaminação acontece devido à manipulação de objetos, água ou alimentos.

Sintomas?

Mal-estar, febre baixa, náuseas, dor abdominal e icterícia (cor amarelada na pele e olhos). A urina pode ficar escurecida e as fezes mais claras.

Prevenção?

Lave bem as mãos, desinfete objetos, bancadas, chão, berços, camas e utensílios, com água sanitária e controle o destino dos dejetos como fezes e fraldas.

DOENÇAS DIARRÉICAS

O que são?

São doenças causadas por microorganismos presentes em fezes humanas e animais.

Transmissão?

Doenças diarréicas acontecem quando a pessoa bebe água e alimentos contaminados por fezes humanas ou de animais, ou por água contaminada de enchentes.

Sintomas?

Mal-estar geral, febre, dor abdominal, náusea, vômito, diarréia (aquosa, com muco ou sangue). Pode ocorrer desidratação.

Prevenção?

Jogue fora todo alimento que teve contato com água da enchente.
Lave todos os utensílios e superfícies que tenham contato com alimentos.
Lave panos para secar utensílios e superfícies que foram atingidos pela enchente, antes de usar.
Prefira comer alimentos cozidos. Se não for possível, lave os alimentos com água potável e deixe de molho em água com cloro por 15 a 20 minutos, seguindo a receita: diluir uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água.
Lave bem as mãos antes de preparar alimentos.
Beba sempre água potável.
Guarde os alimentos em recipientes bem fechados.
Tenha muito cuidado com a água utilizada no preparo da alimentação dos lactentes (menores de um ano).
Não use água de poço.
Esvazie a caixa-d’água, se ela for invadida por água da enchente.
Esfregue as paredes da caixa-d’água com escova e pano limpo.
Coloque 1 litro de água sanitária (hipoclorito de sódio 2,5%) para cada 1.000 litros de água.
Depois deixe por período de duas horas e esvazie a caixa-d’água.


DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)

O que são?

São doenças causadas por parasitas.

Transmissão?

Durante as enchentes e inundações, esses microorganismos e parasitas, presentes em esgotos, podem se misturar à água e à lama das enxurradas.

Sintomas?

Vômito, diarréia, dor abdominal, dor de cabeça e febre.

Prevenção?

Jogue fora todo alimento que teve contato com água da enchente.
Lave todos os utensílios e superfícies que tenham contato com alimentos.
Lave panos para secar utensílios e superfícies que foram atingidos pela enchente, antes de usar.
Prefira comer alimentos cozidos. Se não for possível, lave os alimentos com água potável e deixe de molho em água com cloro por 15 a 20 minutos, seguindo a receita: diluir uma colher de sopa de água sanitária em um litro de água.
Lave bem as mãos antes de preparar alimentos.
Beba sempre água potável.
Guarde os alimentos em recipientes bem fechados.
Tenha muito cuidado com a água utilizada no preparo da alimentação dos lactentes (menores de um ano).
Não use água de poço.
Esvazie a caixa-d’água, se ela for invadida por água da enchente.
Esfregue as paredes da caixa-d’água com escova e pano limpo.
Coloque 1 litro de água sanitária (hipoclorito de sódio 2,5%) para cada 1.000 litros de água.
Depois deixe por período de duas horas e esvazie a caixa-d’água.


textos retirados do site da prfeitura de São Paulo: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/enchente/cuidadosMedicos.html




Como prevenir e evitar que as doenças causadas pelas águas das enchentes se espalhem.

DICAS GERAIS PARA PREVENIR DOENÇAS CAUSADAS PELAS ENCHENTES !

Depois que as águas da enchente baixarem, é preciso lavar e desinfetar o chão, as paredes, objetos e roupas, com água sanitária. Faça assim: coloque de 1 copo do água sanitária para um balde com 20 litros de água limpa. Essa mistura deve ser aplicada nas superfícies enlameadas. Deixe a mistura agir por 30 minutos. Após esse período, a camada atingida pela mistura deve ser removida, e você deve repetir a lavagem quantas vezes você achar que ela é necessária.

A lavagem com água e sabão só deve ser feita depois que toda a lama for retirada. Mas atenção: só faça essa limpeza com luvas, botas ou sacos plásticos duplos nos braços e pernas.

Jogue fora os alimentos que entraram em contato com a água da enchente.

DICAS GERAIS PARA EVITAR QUE AS DOENÇAS SE ESPALHEM!

Quando acontece uma inundação, muitas pessoas acabam dividindo espaço em alojamentos. É preciso tomar alguns cuidados para não se contaminar.
Mantenha o ambiente arejado e em condições adequadas de limpeza.
Beba apenas água potável.

Tenha muito cuidado com a higiene: lave bem as mãos antes das refeições e depois de usar o banheiro.

Reforce os cuidados com o destino dos dejetos: fezes, fraldas etc.
Não coma nenhum alimento que ficou na água da enchente.
Avise as pessoas que elas não devem nadar ou brincar em lagos ou rios que possam estar contaminados pela enchente.

Tome cuidado com as pessoas que apresentem sintomas de infecção.

http://www9.prefeitura.sp.gov.br/enchente/cuidadosMedicos.html

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Charge muito boa

No meio de tanta pesquisas sobre o assunto tive um momento para dar risada...Assistam, muito boa essa charge!

Lei para redução de enchentes

Este artigo de Mario Eugenio Saturno, tecnologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, diz um pouco sobre uma solução possível para as enchentes na Cidade de São Paulo.
Enchentes e Soluções, por Mario Eugenio Saturno.

Podemos reduzir os danos causados por chuvas torrenciais nas cidades. A capital de São Paulo, por exemplo, tem uma lei que visa aumentar a permeabilidade do solo, reservar água nos prédios, diminuir o risco de enchentes e reservar água para fins não potáveis nos empreendimentos. Essa lei obriga a construção de um reservatório para águas pluviais nas novas edificações. No mínimo, descongestionará os dutos da cidade. Isso já é usado na Alemanha, que instala cerca de 100 mil reservatórios por ano.

Esse é um tipo de lei que pode ser implementada imediatamente para as novas construções e em prazos maiores para as construções mais antigas, cinco e dez anos. Inicialmente, pode ter um custo relativamente grande, já que equivale ao de uma piscina, mas não se deve esquecer que a economia de água para o consumidor e para a prefeitura é exponencial. O sistema deve ser bem projetado para evitar a proliferação de doenças. Como a água da chuva tem substâncias tóxicas e bactérias, deve-se instalar filtro, controlador de fluxo e sifão para impedir o acesso de roedores.

Um sistema residencial custaria uns R$ 1,5 mil. Aproveitam-se calhas e condutores e incluem-se filtros e reservatórios. Como a chuva carrega a fuligem do telhado e do ar, deve-se ter um reservatório de autolimpeza para descartar os primeiros jatos. Muito se pode fazer pelo meio ambiente e, se observarmos o preço total de uma construção, o custo financeiro não é significativo e o ganho ambiental é impagável.

Altruísmo urgentemente !



Cerca de 70 pessoas haviam sido vitimas das enchentes em São Paulo até janeiro de 2010. Foi muito fácil ver as pessoas reclamando do abando e culpa de todos os partidos e de todas as instâncias.

Sou Brasileira, mas digo com todo respeito que é muito típico dos brasileiros colocarem a culpa nas outros e não olhar para o próprio umbigo. Somos, definitivamente, muito acomodados!Então é muito mais prático dizer que a culpa é do governado, de São Pedro ou da tia.

Duvido então que entre esses milhares que foram prejudicados de alguma forma direta ou indiretamente não exista um que nunca jogou um papelzinho na rua.

Aquele papelzinho de chicletes que achou que ninguém estava olhando?

Ainda existem piores, existem os que jogam quilos de lixo em rios e rua. E quando digo lixo, não digo um papelzinho ou uma garrafinha, digo LIXO mesmo. São pneus, mesas, computadores, quilos de papelões, garrafas, e por ai vai coisas muito piores.

Daí quando há um alagamento, o trânsito inferno e transporte público paralisado a população só sabe reclamar do céu e do inferno e não pensa naquela pequena ou grande ação que cometeu que influenciou SIM, não se engane.

E não quero deixar de citar outros tipos de atitudes que podem sim ajudar nessa questão como a reciclagem, o voto consciente (por mais difícil que pareça) e o altruísmo.

É inegável que a quantidade de chuvas nos últimos meses é monstruosa e fora do normal. Também é fato que o governo deveria sim tomar atitudes em curto prazo.

Mas insisto que tudo isso pode ser minimizado se cada um de nós fizer sua parte. Quando vamos começar?! Ou vamos continuar esperando ajuda do governo ou de São Pedro