terça-feira, 6 de abril de 2010

Transformações de uma cidade 'seca' – Ferramentas políticas e urbanísticas para amenizar os impactos negativos dos alagamentos.

Já sabemos que existem centenas de ferramentas que visam a evitar as enchentes na cidade. Mas mesmo na natureza, anomalias climáticas existem e é necessário criar ferramentas que amenizem seus impactos, de forma que a cidade consiga conviver com maior facilidade com um imprevisto climático.
Para que haja um estresse menor quando a cidade estiver em um estado alterado de seu equilíbrio, a sua estrutura deve ser projetada para se alterar o mínimo possível durante as enchentes, para isto existem alternativas como:

Mudanças no plano diretor da cidade, de forma a promover a desocupação de áreas passíveis de danos e minimizar os riscos.
Sistemas de alarme sonoros e visuais orientando a população sobre as atitudes a serem tomadas. Ninguém deve ser pego de surpresa pela enchente ou pela chuva.
Orientação prévia da população sobre o que fazer em casos de temporais e enchentes. Assim como nos países que sofrem com vulcões, furacões e terremotos, ou até mesmo ameaças de bombardeios, a população precisa saber exatamente como proceder em casos extremos, para que o próprio cidadão possa prevenir os danos a si mesmo. Minimizando o trabalho do Estado às reais fatalidades.
Alteração do sistema de distribuição de energia elétrica para rede subterrânea. Apesar de mais caro, este sistema é, quando bem executado, feito para funcionar submerso, sem grandes alterações no seu funcionamento. Desta forma, a infraestrutura básica não sofre com os grandes temporais. No sistema atual, um poste caído (coisa comum de se ver na época das chuvas) é suficiente para deixar uma região inteira sem energia.
Instalação e manutenção de lixeiras públicas de qualidade. Mesmo os poucos cidadão conscientizados quanto ao despejo do lixo sofrem com a falta de lixeiras na cidade. É comum inclusive ver trechos de várias quadras sem uma lixeira sequer. Outro grande problema nesse quesito é o fato de a depredação das lixeiras e a falta de manutenção fazer com que todo o lixo contido seja despejado na rua ao primeiro sinal de temporal.
Melhorias no sistema de coleta seletiva e melhor destinação do lixo coletado, de forma a manter o lixo fora das ruas e evitar seu acúmulo, impedindo o entupimento de bueiros e a conseqüente elevação do nível do escoamento superficial.
Maior fiscalização quanto à desobediência das leis que previnem enchentes e aplicação de multas que desestimulem essas práticas criminosas.
Criação de obras de grande porte (como a Nova Marginal e o Rodoanel) que retirem o grande fluxo rodoviário da beira dos corpos d'água, de forma que estes possam ser recuperados.
Desassoreamento das calhas dos rios e quando possível, obras de manutenção das suas características originais, minimizando os fenômenos provocados pelo homem.
Desocupação das margens dos corpos d'água e criação de parques lineares ao longo do cursos dos rios, tanto para evitar o assoreamento e devolver a permeabilidade ao solo, como também para aproximar o cidadão da paisagem natural de sua cidade, estreitando o laço e prevenindo assim a devastação.
Programas de políticas habitacionais que retirem a população de zonas de risco e contenham a expansão horizontal dos territórios urbanos, ao mesmo tempo em que, através de ferramentas políticas, promovam a reocupação de espaços vazios na cidade.
Investimentos na estrutura de transportes públicos, que tornem mais atraente a idéia de deixar o carro em casa e ir para o trabalho num transporte coletivo, eliminando congestionamentos e reduzindo os danos por causa de ruas alagadas.

Um comentário:

  1. gostei do seu blog!!!

    ficou bem legal, e o conteúdo e dosado de forma precisa...

    como eu posso te seguir?

    siga-me por favor
    http://iancamapum.blogspot.com

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