quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lei para redução de enchentes

Este artigo de Mario Eugenio Saturno, tecnologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, diz um pouco sobre uma solução possível para as enchentes na Cidade de São Paulo.
Enchentes e Soluções, por Mario Eugenio Saturno.

Podemos reduzir os danos causados por chuvas torrenciais nas cidades. A capital de São Paulo, por exemplo, tem uma lei que visa aumentar a permeabilidade do solo, reservar água nos prédios, diminuir o risco de enchentes e reservar água para fins não potáveis nos empreendimentos. Essa lei obriga a construção de um reservatório para águas pluviais nas novas edificações. No mínimo, descongestionará os dutos da cidade. Isso já é usado na Alemanha, que instala cerca de 100 mil reservatórios por ano.

Esse é um tipo de lei que pode ser implementada imediatamente para as novas construções e em prazos maiores para as construções mais antigas, cinco e dez anos. Inicialmente, pode ter um custo relativamente grande, já que equivale ao de uma piscina, mas não se deve esquecer que a economia de água para o consumidor e para a prefeitura é exponencial. O sistema deve ser bem projetado para evitar a proliferação de doenças. Como a água da chuva tem substâncias tóxicas e bactérias, deve-se instalar filtro, controlador de fluxo e sifão para impedir o acesso de roedores.

Um sistema residencial custaria uns R$ 1,5 mil. Aproveitam-se calhas e condutores e incluem-se filtros e reservatórios. Como a chuva carrega a fuligem do telhado e do ar, deve-se ter um reservatório de autolimpeza para descartar os primeiros jatos. Muito se pode fazer pelo meio ambiente e, se observarmos o preço total de uma construção, o custo financeiro não é significativo e o ganho ambiental é impagável.

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