terça-feira, 27 de abril de 2010

Projeto Enchentes

Foram abordados alguns itens durante esse quadrimestre, no qual nos introduzimos ao tema, pesquisamos detalhes sociais e estruturais:

Causas e possíveis soluções para as enchentes

Usando palavras-chaves como: Crescimento desordenado; Ilhas de calor; Impermeabilização do solo; Efeito-estufa; Ocupação em zonas de risco; aumento da frota automotiva. Tais palavras-chaves foram propostas em um dos posts disponíveis no blog.
Agora vamos analisar cada um dessas “causas”:

1.Crescimento desordenado

Tanto o crescimento populacional quanto os das cidades, com a falta de planejamento nos traz grandes problemas, muitos dos quais direta ou indiretamente acabam por contribuir para as enchentes. Por exemplo, conforme as cidades crescem desordenadamente, mais moradias devem ser criadas em locais que nem sempre são adequados a isso, avenidas, estradas, ruas são construidas e a terra perde lugar para o cimento e asfalto. Os rios acabam sendo estreitados por isso, fazendo assim com que não tenha para a onde a água fluir naturalmente.
O sistema de esgoto e encanamentos nem sempre são eficazes ou bem feitos, o que acarreta sérios problemas ao escoamento da água e à saude da população.

2.Ilhas de calor

Com as milhares e milhares de edificações, asfalto, cimento unidos o calor tem um TRABALHÃO para ser dissipado. Essa turma não é facil não, retém a maior parte da radiação solar, o calor que as industrias, automóveis e até nós mesmo liberamos, formando assim as famosas ilhas de calor.
Pois bem, ilha de calor, aumento da temperatura, mais calor pra aquecer a água, mais água sendo evaporada, mais nuvens carregadas de inúmeras gotículas de água cobrindo o céu... ' Ixiiii ai vem chuva !' , ' O tempo fechou !', ' São Pedro deve está nervoso! '. Pois é, ai está um dos motivos para o aumento das chuvas, que combinado com outros fatores causa enchentes cada vez mais frequentes e intensas.

3.Impermeabilização do solo

A cobertura do solo atualmente é um fator de grande preocupação na área das enchentes. Tanto o asfalto como os blocos de cimento apesar de serem resistentes, mais aderentes aos pneus, não são muito permeáveis e conforme ficam encharcados perdem a resistência, isso além de dificultar e muito o escoamento da água forma enormes buracos, prejudicando o trânsito e os automóveis.
Atualmente há muita pesquisa em cima disso, uma cobertura para o solo que fosse bastante permeável e resistente ajudaria e muito para a diminuição ou amenização dessas enchentes.

4.Efeito Estufa

Assim como as ilhas de calor, o efeito etufa causa o aumento de temperatura e um consequente aumento na evaporação da água, causando mais chuvas.
O efeito estufa está intimamente relacionado ao gás carbonico (CO2) na atmosfera que retem o calor, assim como outros gases, chamados gases-estufa. Esse gás carbonico é aquele gás que sai dos escapamentos dos carros por causa da combustão dos combustíveis, das chaminés das industrias entre outros.
A emissão desse gás não é o principal problema, afinal nós mesmo no processo de respiração emitidos, porém a emissão excessiva gás, que durante muitos anos, principalmente após a Segunda Revolução Industrial, foi feita de forma descuidada e sem preocupação nenhuma com as consequências. Hoje existem leis que obrigam os países a reduzirem a emissão de CO2. Como por exemplo o protocolo de Kyoto. Mas nem sempre são respeitados essas leis.
Veja mais sobre o protocolo de Kyoto no site : http://www.brasilescola.com/geografia/protocolo-kyoto.htm

5.Ocupação em zonas de risco

Como discutido no primeiro tópico, essas ocupações geram muitas vezes a impermeabilização do solo, bem como a falta de planejamento de encanamentos etc... Além de não haver coleta de lixo em muitas dessas regiões, sendo esse lixo jogado, por parte da população, em lugares inapropriados, entupindo bueiros e tubulações.

6. Aumento da frota de automotiva

Como já fora visto, os automóveis emitem grande parte do CO2 agravando cada vez mais o problema do Efeito Estufa, principalmente nas grandes cidades.

7.Solução para o acumulo de água em São Paulo

A capital de São Paulo, por exemplo, tem uma lei que visa aumentar a permeabilidade do solo, reservar água nos prédios, diminuir o risco de enchentes e reservar água para fins não potáveis nos empreendimentos. Essa lei obriga a construção de um reservatório para águas pluviais nas novas edificações. No mínimo, descongestionará os dutos da cidade. Isso já é usado na Alemanha, que instala cerca de 100 mil reservatórios por ano.
Fica cada vez mais difícil achar a solução para esse problema, como pudemos observar uma coisa leva a outra e há também o fator político, que considera muitas das soluções propostas uma ameaça ao desenvolvimento econômico do país.

Regiões mais afetadas

As regiões mais afetadas pelas enchentes, são aquelas que sofreram modificações pela urbanização.
Essas modificações mudam os cursos dos rios e impermeabilizam o solo.
As grandes cidades são muito afetadas por esse problema, em áreas próximas a rios, córregos, antigos pantanos, represas.

Santo André é cortada pelo rio Tamanduateí que antigamente era cercado por um solo pantanoso, que hoje em dia é margeado por uma movimentada avenida (av. Dos Estados) , muitas industrias, residencias, e pela nossa universidade. Em época de chuvas, a avenida dos Estados sofre muito com as enchentes e tudo aquilo que está a sua volta também.
Confiram as imagens a seguir:




Figura 1: Avenida Dos Estados fica completamente alagada.




Figura 2: Rua Santa Adélia, ao lado da UFABC.




Figura 3: Dentro da UFABC.


Figura 4: Sala 3 da Santa Adélia.

Essas fotos foram tiradas por alunos da universidade que sofreram muito com essa situação.

O que fazer em caso de enchentes

- Evite contato com a lama e água da enchente, elas podem causar diversas doenças.
- Desligue a chave de eletricidade, o registro de água e gás.
- Tire alimentos e produtos de limpeza de lugares onde a água pode chegar.
- Procure um lugar mais alto para ficar em segurança.
- Só beba água filtrada e fervida.
- Tire os objetos de valor do alcance da água.
- Coloque seus documentos em um saco plástico fechado e em local protegido.
- Retire os lixo das áreas que podem sofrer enchentes.
- Não consuma alimentos que tiveram contato com a água ou lama.
- Não use equipamentos elétricos que foram molhados, pois existe o risco de choque elétrico e curto-circuito.
- Se possível, ligue seu rádio e informe-se sobre as chuvas.
- Fique atento: árvores, postes, muros inclinados, trincas no chão, nas paredes e muros com “barriga” podem ser sinais de futuros acidentes. Entre em contato com a subprefeitura ou o Corpo de Bombeiros.
- Depois da enchente, lave imediatamente as áreas atingidas utilizando 1 litro de água sanitária, para cada 20 litros de água, sempre com luvas e botas para evitar o contato com a água e a lama.
- Não atravesse áreas inundadas.
- Ligue o rádio para descobrir caminhos alternativos.
- Evite que a água chegue ao motor.
- Diminua a velocidade e aumente a distância em relação ao carro da frente.
- Em caso de emergência, atravesse áreas alagadas em baixa velocidade, mantendo o motor acelerado.
- Se possível, pare o carro em um local mais alto.
- Se o nível de água continuar a subir, todos devem sair do carro e procurar um lugar seguro para esperar a chuva passar.
- Não atravesse áreas alagadas atrás de outro veículo. Se ele parar você não poderá passar.
- Para secar o freio, utilize-o algumas vezes. Freios molhados podem falhar.
- Dirija com cuidado, pois as vias molhadas ficam escorregadias.
- Fique atento: a água impede que você veja buracos e bueiros sem tampa.
- Para se prevenir: conheça os pontos mais altos que ficam próximos do caminho que você normalmente faz.
- Se você estiver num local seguro, não saia e aguarde a ajuda dos bombeiros.
- Fique atento: a água impede que você veja buracos e bueiros sem tampa.
- Não vá para áreas de risco, isso dificulta o possível resgate.
- Em casos de chuva com ventos fortes, fique atento: há risco de queda de árvores, fios, postes e semáforos.
- Cuidado especial com as crianças. Os adultos devem acompanhá-las e segurá-las pelos pulsos durante todo o período de enchentes.
- Se precisar atravessar ruas alagadas, tome cuidado, procure muros e paredes para usar de apoio. Uma corda segurada por 3 pessoas ou mais também serve.
- Cuidado com a correnteza das águas: além do risco de ser arrastado, objetos grandes que estão sendo levados podem bater em você.

O que nós podemos fazer para evita-las

Com todos os investimento da Prefeitura e a ajuda da comunidade, a nossa cidade vai ficar cada vez mais limpa. Confira as dicas a seguir.

- Nunca jogue lixo e entulho nas ruas, rios e córregos e terrenos baldios da cidade.
- Mantenha valas, condutores e caneletas limpas para garantir a passagem das águas da chuva.
- Em dias de chuva, não coloque sacos de lixo ou entulho na rua. Isso evita que eles sejam levados pela água e acabem entupindo os bueiros, galerias e córregos da cidade.
- Fique atento às condições de segurança da sua casa, verifique trincas e rachaduras. Se estiver em dúvidas e precisar da ajuda de um especialista, entre em contato com o Corpo de Bombeiros, ou a subprefeitura da sua região.
- Não coloque a sua casa em risco. Evite construir em cima e embaixo de barrancos que possam deslizar. Procure a subprefeitura do seu bairro para receber orientação.
- Não corte barrancos: as construções feitas nas encostas dos morros precisam de diversos cuidados técnicos. Procure a subprefeitura do seu bairro para receber orientação.
- Atenção para os vazamentos: canos de água com vazamentos lixo acumulado nas canaletas também provoca deslizamentos.
- Não pratique o desmatamento: sem vegetação aumentam as chances de desmoronamento dos morros.

Instituições que ajudam as vítimas de enchentes

Cruz Vermelha:
Desde a sua fundação em 1912, a Cruz Vermelha Brasileira – Filial do Estado de São Paulo (CVB-FESP) atua em benefício das pessoas acometidas por desastres e na capacitação em primeiros socorros. Como parte de um movimento mundial, que oferece assistência humanitária, ao longo dos anos a entidade tem expandido seus serviços, sempre com o objetivo de prevenir e aliviar sofrimento.
O trabalho é voluntariado e qualquer um pode oferecer a sua ajuda, com doações ou colocando a mão na massa.
Para mais informações acesse: http://www.cvbsp.org.br/index.htm

Defesa Civil:
A Defesa Civil Estadual desenvolve planos preventivos e de contingência no período denominado Verão cuja característica na região sudeste são de chuvas intensas. O plano acontece de 01 de dezembro a 31 de março. Pode ser prorrogado, quando necessário. Integram os Planos Preventivos e de Contingência de Defesa Civil, um total de 114 municípios, que apresentam áreas mais suscetíveis a ocorrências de desastres em decorrência das chuvas.
Existem em locais de possíveis deslizamentos em encostas os Planos Preventivos de Defesa Civil - PPDC. Envolve intenso trabalho de articulação de recursos técnicos e humanos, com preparo, estruturação e treinamento das equipes municipais e da comunidade, monitoramento meteorológico e pluviométrico, emissão de boletins Meteorológicos e de Alertas que são repassados para as Prefeituras, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Regionais de Defesa Civil e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil.
Também são realizadas remoções preventivas (parcial ou total) da comunidade em risco, sempre que necessário, com equipe composta por geólogos, engenheiros, assistentes sociais e outros profissionais que atuam antes, durante e após os desastres.
Hoje a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil - CEDEC possui Planos Preventivos nas seguintes regiões: no Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de São Paulo, no Vale do Paraíba, na Região Metropolitana de Campinas, na Região de Sorocaba, no Litoral Norte e na Serra do Mar (Baixada Santista).
Para mais informações acesse: http://www.defesacivil.sp.gov.br/novo/index2.asp

Projeto

Temos como objetivo do projeto conscientizar a comunidade da UFABC, que sofre com as enchentes do Rio Tamanduateí, como agir caso essa ocorra, e como preveni-la.
A importância de tal ação foi comprovada ao realizarmos uma entrevista com tal pergunta:
"Você já enfrentou alguma enchente na faculdade? Isso atrapalhou a sua rotina? Como? Você sabe como agir em caso de uma enchente?". A maioria dos entrevistados respondeu positivamente as duas primeiras perguntas, porém, para nossa surpresa, a grande maioria não sabe quais são os procedimentos a serem tomados em casa de uma enchente.
Veja algum dos depoimentos:
“Já enfrentei sim. Atrapalhou, pois eu passei o dia todo, até as 22h, numa estação de trem. Não consegui chegar na faculdade, nem voltar pra casa. Como agir corretamente, não, mas acho que se deve ficar saindo no meio da rua. Procurar algum local seguro.” Pedro Henrique Cheganças de Sousa - 11056909
“Já enfrentei. Sim. Minhas aulas foram suspensas. Infelizmente não sei como agir.” Patricia Maissa Ferragoni da Cruz – 11065409
“Sim, eu já enfrentei uma enchente na faculdade. Isso atrapalhou e muito a minha rotina, pois eu não pude ir para a minha aula na faculdade, e tive dificuldade para voltar para minha casa, devido a problemas com o transporte publico. Infelizmente eu não sei agir caso acontece isso novamente, terei as mesmas dificuldades da primeira vez.” Gustavo Penha Albertini - 11175609
Para fazê-lo estamos lançando dois materiais publicitários, um e-mail marteking e um banner. Contendo as informações supracitadas de como agir em caso de enchentes (Figura 5) e como preveni-la (Figura 6).


Figura 5: Como prevenir enchentes.



Figura 6: O que se deve fazer em caso de enchentes.


Agradecimentos


Aos colabores Dave, Débora Gibson, Fabio Dias, Marina Estima, Pati Fernandes e Thiago Costa, pela competência no desenvolvimento das ideias, pesquisas e fundamentos do projeto.
À professora dra. Andréa Paula e seu fiel escudeiro Alexandre Cavac, pela paciência, dedicação e total comprometimento com o que foi proposto.
Aos colegas que nos ajudaram muito com opiniões, relatos, depoimentos e respeito pelo nosso projeto.

Obrigado.

Atenciosamente,
Grupo das Enchentes!

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